Sinto-me invadido por receios, dúvidas, esquemas maléficos. Tudo para me atingir.
Peço ajuda?Corro?Decidi baixar os braços. Caminho pelo infinito, e tanto eu peço para que tenha um fim.
Desapareço.
Começa a viagem pelo mundo das recordações, dos sonhos outrora longinquos, cada vez mais proximos e reais.
E a cada segundo daqueles instantes fui feliz, o sangue que me corria pelas veias era puro, suave e leve.
Hoje?Hoje carrego o peso da vida, a frustação de emoções perdidas, de momentos passados, palavras não ditas e dos sorrisos deixados.
Que ganhaste tu com isto?Mais poder?Mais contentamento?Creio que a fatalidade nos cruzou, mero encontro informal, rápido e banal.
Nada mais nos une que umas quantas palavras, poucos olhares. Que pretendes?Ser rei disto? Desiste da batalha, és soldado morto. A inexperiência torna-te vulnerável, tão volátil quanto fraco. E o desespero faz de ti perdedor nato. Sentes medo, eu sei que sim.
Aparece, não te escondas por detrás dessa cortina - consigo ver-te mesmo assim.
A minha viagem vai continuar, a luta pelo infinitamente consolador, pelo extraordinário e pelo gracioso.
Fujo das emoções, até quando?