11.08.09

O amor e a paixão apagara-se tão rapidamente como uma vela acesa numa noite tempestuosa...pergunto-me se algum dia valeu a pena resistir a todas as dificuldades. Valeu apena? E as noites acordadas com o pensamento distante em ti?

Se tão somente pudesses voltar a iluminar o meu caminho...se tão simplesmente me pudesses fazer feliz, correria atrás do vento, apanharia bocados de nada se me jurasses voltar, porque nada me faria mais completo, nada mais me seria necessário acrescentar para ser inteiro...porque a minha inteireza sempre dependeu de ti, e eu vivo por ti – queres maior prova de amor?

Palavras ditas ao som de melodias intensas me fazem chorar, porque cada palavra dita era um golpe forte no meu coração, porque cada nota era a recordação do nada, e esse nada ainda hoje me acompanha.

Olho em volta, o vazio preenche-me, a escuridão invade os meus pensamentos, e o que eu quero é esquecer tudo, esquecer que um dia saí para uma luta cuja derrota era inevitável.

Vida nefasta, vida cruel e ingrata, que nada te oferece, porque persistes em viver no meio dela? Na selva que é a sobrevivência, na força má que é a luta pela vida.

Escuta por favor, não deixes que as minhas palavras sejam esquecidas, porque aquilo que tenho para te dizer é importante – são palavras límpidas, cuja voz tremula faz questão de pronunciar em tom menor...é o canto que encanta, e quem a canta encantou-se por ti.

Liberdade? Acção alternada entre o agir e conseguir, o querer fazer e te deixarem fazer...queres a liberdade? Traz-me o amor e dar-te-ei a experimentar essa sensação....

Foges por entre as minhas mãos, corres veloz no percurso mais longo, mais distante, mais escuro.

Perco-me em palavras, perco-me em pensamentos abstractos, perco-me em ti e em mim, fonte de inspiração.

Hoje sim, sinto o vigor da idade, a energia da vida, a senção de respirar é tão boa, e como se o dia acabasse agora, deito-me num vislumbre de pensamentos totalmente codificados. Preciso da chave – sim, a chave para puder abrir este cofre velho, sujo, corrompido pelo tempo.

Leve é o sono que me conduz para o descanso fisico, e emergido em sonhos irreais acordo repetinamente. Ali estás tu, não, não pode ser...é uma imagem perfeita. Toco, nada sinto senão o vazio, ar esse que me dá vida, que me enche de vigor e vitalidade.

Aqui percebo o quão banais são os desejos que tomo por sonhos, as coisas que quero como conquistas, nada valem, estão dispersas, soltas como as nuvens e o mar.

 

Até Já

Bu

 


a vida no seu melhor...ou pior!
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